quarta-feira, setembro 12, 2007

«A Casa da Maffy: Construções»

Ao som dos "Oioai", do seu hit "Sushibaby", lembrei-me que há construções em que não se deve pensar muito... não vou divagar aqui porque se utiliza o cimento, muito menos criticar a música que oiço. A sonoridade é boa, mas não quero pensar muito na letra "...amo-te mais longe do que o Japão..."; no outro dia a passear-me pela blogosfera, já não me lembro onde, vi uma crítica a toda esta construção. Bem vamos ser "cérebros", toda a composição é uma metáfora e se formos a ver bem, a essência desta metáfora é também a crítica ao exagero. Exagero criado por toda a liberdade sem limites.... "amar uma outra parte emocional e fisicamente aos (hipoteticamente) 10 anos", isto é um exagero, deliberado pela televisão, mundo cor-de-rosa, coisas que se vêem e ouvem e que nessa idade, (o comportamento normal) é imitar.
Portanto sou agora aos 21 anos a favor de uma nova imposição de barreiras para que essa liberdade não crie exageros desnecessários e, na sua maior parte das vezes, ridículos. Decidir-me nesta altura neste tema leva dentro de mim um turbilhão de consequências, fora, muitas mais serão, mas neste momento acho útil reflectir nisso.
Não pensem que sou contra o Amor, ou apenas uma frustrada descrente, apenas acho que tudo tem seu tempo, aos 11 anos eu mesma já amava muitas coisas e muita gente, mas não na forma como agora se vÊ.
E se aos 17 anos conheci um grande amor, (cito: MAS NÃO O ÚNICO), explorei também uma nova forma de amar, divertida e adulta, (se bem que na altura, confesso não tinha a maturidade suficiente para usufruir melhor de tais emoções...). Portanto não contra o Amor, sou uma jovem normal, que dentro de si tem ainda um pouco de esperança que um dia este mundo será um novo mundo e mais equilibrado.

Voltemos às construções, toda a gente e ninguém em especial, sendo que somos todos especiais, tem sempre uma opinião contra algo, nem que seja pelo puro prazer (sado) de contrariar a emoção, a felicidade, o que quer que seja de outra parte. Assim sendo termino dizendo que o cimento é óptimo cola bem... é sólido e "Sushibaby" também o é. Porquê? Simplesmente porque há lógica na essência da metáfora, depende da forma de interpretação e esta é a mais correcta (pensei muito antes de escrever - pela primeira vez). A sonoridade é boa e a letra também!!

Para pensar:: O que era de nós sem as metáforas desta vida???


Mafalda Borges,

escrevendo pela primeira vez com a consciência de uma pessoa e não pelo simples instinto que se entranha nos dedos, nas mãos, em todo o corpo de alguém que devora a escrita. (Dica: Metáfora??)

um beijo.

Mafalda Borges

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