domingo, outubro 07, 2007

«A Casa da Maffy - e depois de uma noite mágica»

CIGANA - ROBERTO CARLOS

Na distância vi seu vulto desaparecer
Nunca mais seu rosto eu pude ver
Na distância vi seu vulto desaparecer
Nunca mais seu rosto eu pude ver
Uma vez você apareceu na minha vida
Eu não percebi você de mim se aproximar
Não sei de onde você veio e nem perguntei
Talvez de alguma estrada que eu ainda não passei
Seu olhar me disse tanta coisa num momento
Parecia que podia ler meu pensamento
E no seu sorriso mil segredos percebi
Então nos seus mistérios de repente me perdi
Minha mão você tomou nas mãos e conheceu
Minha vida inteira e o seu encanto me envolveu
Toda minha história leu nas linhas que mostrei
O que estava escrito e o meu amor eu lhe entreguei
Hoje você anda por lugares que eu não sei
Vive nos meus sonhos e nas lembranças que guardei
Disse tanta coisa quando leu a minha mão


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E depois de uma noite mágica...

O início é com violinos... mesmo como se voltasse para o Leste... a noite caiu... no alto aparece a lua, uma lua generosa mas triste... na terra a fogueira, fazendo com que os corpos aqueçam mais rapidamente.
Gritos, Guizos, Música, muita... a fogueira, corações que tentam alegrar a Lua, agradecendo toda a sua generosidade... e vem a água, volta a fugir aquela onda... o vento acaricia as faces, surgem novas expressões... no final da melodia vem a dança mais rápida, por fim, tudo acaba, o vento apaga a fogueira, a onda molha os corpos, a Lua por fim esconde-se...

A magia da cigana que voltou a acordar... sente-se molhada, sente-se, porém quente, como que a ferver... recupera uma nova sede de viver, um novo olhar, mais imaculado, no entanto, não tanto esperançado... Cigana essa, tomam-na todos por maluca, por uma triste que não sabe porquê nem por quem... Mas ela sabe, sabe bem, que a tristeza que sente é pelo mundo, que as lágrimas que deita é por insatisfação e desilusão com o mundo que a rodeia... no entanto, não descansa e é como na dança, ergue-se, ouvindo o seu violino, recupera a atitude, a pose... sorri, enfrentando a tristeza, a desilusão sem medo, apoiando-se mais uma vez na sua música, na sua dança...

A luta é constante, é a água da vontade de viver, torna-a sensata e sensível... mostra-lhe o caminho a percorrer... e vem o fogo, apurar os seus sentidos, aquecer o seu corpo... vem a visão do que pode acontecer... vem de novo a música... rodopio constante...fica como que tonta, na verdade, a sua Cigana dela se apoderou... ela sorri e continua o seu caminho... mais uma vez sem medos, mais uma vez confiante, mais uma vez fortalecida e preparada para tudo...

Quem quiser, que entre na dança!


Mafalda Borges
7-10-2007

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