{welcome 21}

Passado quase uma semana já tenho a certeza do que quero escrever e do que realmente quero Ser aos 21 anos...
Há escolhas difíceis nesta vida, há momentos em que parece que desistir é a única solução válida. Não quero parecer iludida e muito menos pouco modesta, mas acho que com estes meus 21 anos provei uma nova sabedoria...
Provei o veneno do Falso e da Ilusão mais uma vez e vi, sem sombra de dúvida, quem tenho ao meu lado.

Ando a reler um livro, que li no Verão da nossa maior separação, quando estava na "Mãe Coruja", lembras-te?
Encontrei logo no início uma das frases que deve reger-nos... " É preciso correr riscos, dizia ele. Só percebemos realmente o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça . (...)" , de Paula Coelho, in « Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei ».


Quero poder um dia dizer que já provei desse milagre que é viver plenamente, cada emoção, cada folha de uma árvore que cai e que eu a sinta... quero poder sentir-me levitar e no final quando morrer ter a certeza que a minha Alma será como um Pássaro e não parará de voar, quero que passe, que vá passando, poisando em mais pessoas, partilhando-se, moldando-se, para que algo me eternize, para que seja igual a todos e de todos diferente! Não quero, ter maisuma Alma de Pássaro, não quero apenas isso, quero sentir o prazer do sabor que uma gaivota tem ao atingir um peixe; quero sentir o prazer que uma onda tem ao bater na areia, ao beijá-la com a sua espuma...

Ando nostálgica, sinto saudades de uma infância que se torna cada vez mais distante de mim... lembro-me cada vez mais de tudo o que aconteceu, das histórias que me contavam, das brincadeiras de escola, das festas de família, com saudade de tudo isso, com saudade de presenças que jamais terei novamente...

"Sininho olhou em volta, respirou bem fundo e voou bem alto... carregou a sua Alma até ao Rio de Neverland, até ao Capitão Gancho... o que não se faz por Amor?"

Um beijo,

Mafalda Borges

(Dedicado à minha Irmã e ao Goofy)

Dó de Mim

Caso você for, não me diga adeus
Deixe pra amanhã, tenha dó de mim
Não olhe pra trás, que eu não quero ver
Quando o seu olhar me fitar, e estremecer
Se a solidão vier me procurar
Digo que não estou por não resistir
Quanto tempo mais tenho que esperar ?
Pra que você possa vir me perdoar
Sem você eu nada sei, esqueço de lembrar
Como é que se faz pra adormecer
Vou morrer só de pensar,
De você pensar que é o fim
Agora diz quem vai cuidar de mim
Se você voltar ressuscitarei
Sairei do breu, pra me redimir
Que é que eu vou fazer, se dependo de você
Pra viver e ser feliz.


Performed by Vânia Abreu


"Sininho olhou em volta, respirou bem fundo e voou bem alto... carregou a sua Alma até ao Rio de Neverland, até ao Capitão Gancho... o que não se faz por Amor?"

Um beijo,

Mafalda Borges